Levantamento inédito mostra que a prática da dança promove posicionamentos sociais e luta contra o preconceito

A Anjuss, marca que apoia a liberdade e as diferenças, buscou entrevistar mais de 2100 pessoas para entender como os brasileiros se relacionam com a dança.

Especificamente, investigamos quais os atributos que a dança oferece aos seus praticantes em termos de representatividade, vitória sobre preconceitos e liberdade de expressão.

E neste artigo vamos compartilhar essas incríveis descobertas:

  1. 77% dos brasileiros acreditam que a dança é símbolo de luta contra o preconceito.
  2. Esse sentimento é ligeiramente maior entre os pretos e pardos que entre as outras etnias. (78% vs 75%).
  3. E mesmo as pessoas que nunca dançaram entendem o valor da dança como forma de expressão (70%).
  4. Mais da metade do público (54%) da pesquisa acredita que a dança interfere positivamente em outras esferas da sua vida e do seu cotidiano. Principalmente as respondentes do gênero feminino (57%).
  5. Relações sociais, saúde mental e física são os principais benefícios gerados pela dança.
  6. A dança de rua, em particular, é apontada como foco de discriminação por mais de 70% dos respondentes.
  1. Contra o preconceito, eu danço

Uma significativa proporção dos brasileiros, cerca de 77%, vê a dança como um poderoso símbolo de luta contra o preconceito. Este número, em si, é uma prova do impacto cultural e social que a dança tem em nossa sociedade. Notavelmente, essa percepção é ainda mais forte entre os respondentes que se identificam como Negros, onde 81,1% concordam com esta afirmação. O racismo estrutural está profundamente enraizado na sociedade brasileira, com muitos afro-brasileiros enfrentando discriminação em várias esferas da vida. A dança, especialmente estilos afro-brasileiros, serve como uma forma de resistência e reafirmação cultural.

  1. Lugar de fala. Lugar de dança

Ao analisar mais detalhadamente as respostas, identificamos nuances nas percepções entre diferentes grupos étnicos. Enquanto 78% dos respondentes que se identificam como pretos e pardos veem a dança como um símbolo contra o preconceito, esta proporção é ligeiramente menor, 75%, entre outras etnias. Este insight destaca a importância da dança como meio de expressão e resistência, particularmente para comunidades marginalizadas.

  1. Mesmo quem não dança é impactado pela dança

A cultura brasileira é rica em tradições de dança, desde o samba ao forró. Mesmo aqueles que não dançam ativamente são frequentemente expostos a estas tradições, seja em festas, carnavais ou celebrações familiares. A percepção de 70,75% de que a dança é uma forma de expressão reflete essa imersão cultural.

  1. Mulheres: Impactos positivos da dança são mais observados

A dança, além de seu impacto cultural e social, também tem profundas implicações pessoais. Mais da metade dos entrevistados, 54,86%, acredita que a dança influenciou positivamente diferentes áreas de suas vidas. Quando nos aprofundamos nessas estatísticas, descobrimos que as mulheres, em particular, sentem mais fortemente esse impacto, com 57% delas reconhecendo os benefícios da dança em suas vidas cotidianas. Uma pesquisa da USP revelou que atividades de dança podem ajudar a melhorar a saúde mental, reduzindo sintomas de depressão e ansiedade.

  1. Se dança para viver melhor

Quando questionados sobre os benefícios específicos que a dança trouxe para suas vidas, a pesquisa revelou que a dança não é apenas uma atividade física. Ela desempenha um papel crucial em melhorar as relações sociais e a saúde mental dos indivíduos. Estes insights apontam para a natureza multifacetada da dança, servindo como uma ferramenta para bem-estar físico, mental e social.

  1. Dança de Rua é bastante discriminada

Apesar dos muitos benefícios e do valor inerente da dança, a pesquisa também revelou um lado sombrio. A dança de rua, em particular, é percebida como um foco de discriminação por uma esmagadora maioria dos respondentes – mais de 70%. Este dado ressalta a necessidade de mais inclusão e aceitação na sociedade, reconhecendo a dança de rua como uma forma legítima e valiosa de arte e expressão.

E você, o que achou destes números?

Participe e deixe seu comentário e mostre a todos que a dança é atitude de respeito.

A pesquisa.

Essa pesquisa foi realizada de forma on-line do dia 31 de agosto a 10 de setembro e obteve 2.151 respostas. O levantamento contou com pesquisas de múltipla escolha e não continha nenhuma limitação de região, faixa etária ou critério econômico ou social.